A nova toupeira
os caminhos da esquerda latino-americana
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autor:
Emir Sader
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orelha:
Michael Löwy
- selo:
- BOITEMPO EDITORIAL
- páginas:
- 192
- formato:
- 23cm x 16cm x 1cm
- peso:
- 250 gr
- ano de publicação:
- 2010
- ISBN:
- 9788575591314
A América Latina irrompe o século XXI diante de um novo dilema. Se a independência e os projetos nacionalistas estiveram na ordem do dia em outros momentos históricos, hoje o desafio é superar as políticas falidas do neoliberalismo. Esse é o ponto de partida de Emir Sader, em A nova toupeira, os caminhos da esquerda latino-americana.
A toupeira, animal com problemas de visão, circula embaixo da terra sem fazer alarde e surge onde menos se espera. Sua figura aparece em obras de pensadores tão díspares quanto Shakespeare e Marx. Segundo Sader, “tal imagem remete às incessantes contradições intrínsecas do capitalismo, que não deixam de operar, mesmo quando a “paz social” – a das baionetas, a dos cemitérios ou a da alienação – parece prevalecer”.
Como aponta o autor, na virada para do terceiro milênio, a América Latina surpreende o mundo ao contestar o modelo que até então reinava absoluto. Assim, foram eleitos os presidentes Hugo Chávez na Venezuela (1998), Lula no Brasil e Néstor Kirchner na Argentina (2003), Tabaré Vázquez no Uruguai (2004), Evo Morales na Bolívia (2006), Daniel Ortega na Nicarágua e Rafael Correa no Equador (2007) e Fernando Lugo no Paraguai (2008). Paralelamente, “a proposta norte-americana de um tratado de livre-comércio para as Américas, aprovada quase unanimemente em 2000, foi rejeitada e enterrada em 2005”.
Diante deste quadro, A nova toupeira procura entender em que medida o neoliberalismo permanece hegemônico, analisando a natureza dos atuais governos latino-americanos e propondo um debate fundamental para a compreensão das questões políticas de nosso tempo.
O volume conta com caderno de imagens de líderes e revolucionários latino-americanos. Orelha de Michael Löwy.
Trecho do livro
“O continente americano é o de maior grau de desigualdade no mundo – e, portanto, de injustiça –, situação que só se acentuou com a década neoliberal, mas os duros golpes sofridos pelo campo popular, tanto com as ditaduras quanto com as políticas neoliberais, não faziam pressagiar uma mudança tão rápida e profunda. Buscaremos compreender as condições que permitiram uma virada tão radical e transformaram o paraíso neoliberal em oásis antineoliberal num mundo ainda dominado pelo modelo neoliberal, assim como o potencial e os limites dessa virada, num marco continental e mundial.”