György Lukács e a emancipação humana
R$ 44,00
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organizador:
Marcos Del Roio (org.)
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autor:
Antonino Infranca
Antonio Rago Filho
Arlenice Almeida da Silva
Carlos Eduardo Jordão Machado
Csaba Varga
Ester Vaisman
Ivo Tonet
José Paulo Netto
Juarez Torres Duayer
Marcos Del Roio
Miguel Vedda
Nicolas Tertulian
Sérgio Lessa
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introdução:
Csaba Varga
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orelha:
Angélica Lovatto
- selo:
- BOITEMPO EDITORIAL
- páginas:
- 272
- formato:
- 16cm x 23cm x 2cm
- peso:
- 435 gr
- ano de publicação:
- 2013
- ISBN:
- 9788575593448
O ser social se entregará à barbárie ou encontrará a rota de sua emancipação na plena humanidade?
"Qual a importância de se debater a obra do pensador húngaro György Lukács neste início de século XXI?
É em tom de urgência que a figura de György Lukács (1885-1971), seguramente uma das mais influentes do século XX, surge como referência incontornável para se pensar a emancipação humana. Fruto dos debates realizados no III Seminário Internacional Teoria Política do Socialismo, György Lukács e a emancipação humana conta com a colaboração de alguns dos principais estudiosos nacionais e internacionais da obra do pensador húngaro, como José Paulo Netto, Nicolas Tertulian, Sergio Lessa, Ivo Tonet, Csaba Varga, Mauro Luis Iasi, Antonino Infranca, Ester Vaisman e Miguel Vedda, entre outros.
Diante de um quadro de crise econômica, com fortes indícios de ser estrutural, de esgotamento do padrão civilizatório modernizador e de regressão de consciência histórica, torna-se cada vez mais claro que a universalização da dinâmica do capital e de seu poder político coloca a humanidade diante de uma encruzilhada decisiva para o seu futuro. As próximas décadas serão determinantes para saber se o ser social se entregará à barbárie ou encontrará a rota de sua emancipação na plena humanidade.
Constituído em um momento de fragmentação teórica e fechamento histórico, o projeto de Lukács de renascimento do marxismo e de sua concepção de totalidade, avesso às formas modernas de mistificação e totalitarismo político, é de especial relevância para nosso tempo, dominado pela dissolução da ideia de verdade, pelas filosofias da desconstrução e pelo que os autores descrevem como o “irracionalismo contemporâneo”.
Organizada em três partes – dialética e trabalho; política e revolução; estética e luta ideológica –, em um reflexo do caráter multifacetado da obra de Lukács, o livro revela as múltiplas frentes nas quais se apresenta a relevância do pensamento lukacsiano hoje. Na introdução, o pensador húngaro Csaba Varga defende, como marco teórico definitivo, o incompleto projeto ontológico de Lukács – presente nas páginas póstumas de Para uma ontologia do ser social – como “uma das mais elevadas sínteses de sua obra e que deve ser vista como sua última e duradoura mensagem”. Daí a difícil tarefa a que os autores deste livro se propõem, pois parte da inestimável riqueza da obra lukacsiana está também em sua incompletude: trata-se de um projeto que só se realizará plenamente no momento da emancipação humana.
Mais do que um atestado da relevância do pensamento de Lukács para a contemporaneidade, o livro reflete sua urgência em tempos de barbárie social. Nas palavras de Angélica Lovatto, que assina a orelha, György Lukács e a emancipação humana representa “uma importante trincheira para o combate ao avanço da onda pós-moderna com a qual nos debatemos em difícil peleja nestes tempos bicudos de crise da ordem societária do capital e seus efeitos nefastos para o mundo do trabalho”. Constitui leitura e ponto de partida obrigatórios para pensar a reconstrução dos patamares teórico-práticos – sólidos, mas não dogmáticos – para a tão almejada emancipação humana.
Sumário
INTRODUÇÃO
A atualidade da obra de Lukács para a moderna teoria social: Para uma ontologia do ser social na reconstrução das ciências sociais
Csaba Varga
PARTE I: DIALÉTICA E TRABALHO
O “Moses Hess...” de Lukács
José Paulo Netto
A ontologia em Heidegger e em Lukács: fenomenologia e dialética
Nicolas Tertulian
Lukács, trabalho e classes sociais
Sergio Lessa
Lukács, trabalho e emancipação humana
Ivo Tonet
PARTE II: POLÍTICA E REVOLUÇÃO
Lukács: a ponte entre o passado e o futuro
Mauro Luis Iasi
Lukács e a crítica marxista do irracionalismo na via prussiana de objetivação do capital e na fase do imperialismo alemão
Antonio Rago Filho
Lukács e a democratização socialista
Marcos Del Roio
Notas sobre ontologia e política em Lukács
Paulo Barsotti
A atualidade da concepção política em Lukács
Antonino Infranca
PARTE III: ESTÉTICA E LUTA IDEOLÓGICA
O jovem Lukács: a superação da estética romântica
Arlenice Almeida da Silva
Anotações sobre Dostoiévski e a teoria do romance do jovem Lukács
Carlos Eduardo Jordão
Lukács: crítica romântica ao capitalismo ou “romantismo revolucionário”?
Ester Vaisman
Lukács e Brecht: afinidades entre seus pensamentos tardios
Miguel Vedda
Emancipação humana e arquitetura na Estética de Lukács
Juarez Torres Duayer
CONCLUSÃO: CONTRA O IRRACIONALISMO
Lukács e a crítica do irracionalismo: elementos para uma reflexão sobre a barbárie contemporânea
Maria Lúcia Silva Barroco