Semana de 22

entre vaias e aplausos

Marcia Camargos

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Semana de 22
  • autor: Marcia Camargos
  • capa: Andrei Polessi
edição:
2
coleção:
Pauliceia
selo:
Boitempo
páginas:
192
formato:
21cm x 14cm x 2cm
peso:
200 Gramas
ano de publicação:
2022
encadernação:
Brochura
ISBN:
9786557171301

Tema privilegiado da historiografia contemporânea, a Semana de 22 voltou ao centro do palco no ano em que se comemoraram os cem anos do movimento. Patuscada ou revolução estética? Um século depois da ruidosa manifestação de jovens intelectuais, realizada no histórico fevereiro de 1922, a questão permanece.
 
Por que um evento que acarretou um prejuízo considerável a seus organizadores, foi difamado por boa parte da imprensa da época e recebeu mais vaias que aplausos continua despertando tanto interesse? Para responder a essa questão, Marcia Camargos mergulha no universo intelectual da época, analisa um grande número de documentos e consulta vasta bibliografia sobre a Semana.
 
Mais do que detectar causas e efeitos, ou simplesmente relatar os fatos, a autora procura mostrar o festival modernista sobre diversos ângulos, numa abordagem crítica que revela aspectos pouco visitados pela bibliografia e aponta algumas ambiguidades do movimento e da reflexão que este provocou.
 
Com um texto leve, Marcia se propõe a desmistificar a Semana de Arte Moderna, jogando novas luzes sobre o movimento que, entre vaias e aplausos, conquistou seu lugar definitivo no panorama cultural da Pauliceia e do país. A nova edição da obra, lançada no contexto do centenário da Semana de 22, conta com um novo prefácio da autora.
 


Trecho

“A programação, que se estendeu entre os dias 13 e 17 de fevereiro de 1922, compreendia uma exposição com cerca de 100 obras, aberta diariamente no saguão do teatro, e sessões literário-musicais noturnas com início previsto para as 20h30. Também vendidos na sede do Automóvel Clube, os ingressos que davam direito às três récitas custavam 186 mil réis para camarotes e frisas e 20 mil réis e 300 nos balcões e galerias, mas era possível adquirir bilhetes separados para cada uma das sessões. Mesmo com casa lotada, a Semana acarretou prejuízo de 7 contos e 400 mil réis, fora o aluguel, divididos em cotas de 600 e poucos mil réis entre os membros do comitê organizador. O rombo, alfinetava A Gazeta de 23 de fevereiro, devia-se aos preços exagerados que a comissão teve de pagar aos artistas vindos do Rio de Janeiro para tomar parte nos saraus, agravado pelo fato de que muita gente, talvez a maioria, tenha entrado “de graça”, ou seja, a convite de Graça Aranha.”