Uberização, trabalho digital e Indústria 4.0
Ricardo Antunes, Arnaldo Mazzei Nogueira, Cílson César Fagiani, Clarissa Ribeiro Schinestskck, entre outros.
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autor:
Ricardo Antunes
Arnaldo Mazzei Nogueira
Cílson César Fagiani
Clarissa Ribeiro Schinestskck
Claudia Mazzei Nogueira
Fabiane Santana Previtali
Geraldo Augusto Pinto
Isabel Roque
Iuri Tonelo
Jamie Woodcock
Luci Praun
Ludmila Costhek Abílio
Marco Gonsales
Mark Graham
Mohammad Amir Anwar
Patrícia Rocha Lemos
Ricardo Colturato Festi
Sávio Cavalcante
Thiago Trindade de Aguiar
Vitor Araujo Filgueiras
Rafael Grohmann
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organizador:
Ricardo Antunes
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capa:
Antonio Kehl, sobre foto de Rafael Vilela
- edição:
- 1ª
- coleção:
- Mundo do trabalho
- selo:
- Boitempo
- páginas:
- 336
- formato:
- 23cm x 16cm x 2cm
- peso:
- 550 Gramas
- ano de publicação:
- 2020
- encadernação:
- Brochura
- ISBN:
- 9786557170113
Organizada por Ricardo Antunes, professor da Unicamp e sociólogo do trabalho, a obra é uma coletânea de artigos que desbrava os temas do trabalho digital, da uberização e plataformização do trabalho e do fenômeno da Indústria 4.0 e suas consequências para o universo laborativo e para a vida dos trabalhadores e trabalhadoras. O livro traz dezenove artigos de importantes pesquisadores e pesquisadoras, brasileiros e estrangeiros, que investigam, em diferentes setores, os impactos sociais decorrentes da expansão do universo maquínico-informacional-digital.
A uberização, conceito abordado, definido e expandido na obra, é um processo de individualização e invisibilização das relações de trabalho, que assumem a aparência de “prestação de serviços”, obliterando relações de assalariamento e de exploração. O livro investiga como a introdução das tecnologias de informação e comunicação (TIC) no mundo produtivo funciona para aumentar o cenário de precarização do trabalho – prescindindo de salários e reduzindo pagamentos, ampliando o controle sobre e a competição entre os trabalhadores – por meio de análises de diferentes setores produtivos impactados pelo trabalho digital e pela Indústria 4.0, como o trabalho de entregadores de aplicativos, a indústria automobilística, o setor bancário e os setores de telemarketing e call-center.
Os artigos também enfatizam a importância dos movimentos de resistência à precarização, dos quais o “Breque dos Apps”, a paralisação nacional dos entregadores de aplicativos ocorrida em 1º de julho de 2020, é o mais recente exemplo.
Trecho do livro
“Com a expansão global da chamada Indústria 4.0, em curso ainda mais acentuado durante a pandemia, se não forem criadas barreiras e confrontações sociais fortes, teremos uma ampliação exponencial de trabalho morto, por meio do crescimento do maquinário informacional-digital. Tais alterações trarão, além da redução quantitativa do trabalho vivo, profundas transformações qualitativas, uma vez que o trabalho morto, ao ampliar seu domínio sobre o trabalho vivo, aprofundará ainda mais a subsunção real do trabalho ao capital, nessa nova fase digital, algorítmica e financeira que pauta o mundo corporativo de nosso tempo.” - Ricardo Antunes